Saturday, March 3, 2012

Rússia: Dargavs, a Cidade dos Mortos

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Um lugar chamado Cidade dos Mortos realmente existe no norte da Rússia, na Ossétia, escondido em um dos cinco cumes de montanhas que atravessam a região. Nem preciso dizer que vários mitos e lendas circundam a "cidade", com os habitantes locais afirmando que ninguém volta vivo de lá. O local dificilmente recebe turistas, embora isto possa ser devido simplesmente à dificuldade de chegar em Dargavs, a Cidade dos Mortos, que implica uma viagem de três horas através de sinuosas estradas estreitas e várias colinas.

O clima de montanha certamente também não ajuda. Uma vez lá, você verá que a cidade é na verdade outra colina coberta de pequenos edifícios brancos. É a partir destes edifícios que o lugar ganhou seu nome.

As inúmeras estruturas brancas são de pedra cripta onde os moradores enterraram seus entes queridos. A própria cidade é um cemitério antigo da Ossétia. Cada família da área tem uma cripta, e quanto maior a estrutura, maior o número de pessoas soterradas na mesma. A mais antiga das criptas remonta ao século 16.

A área é de pouco interesse, exceto para arqueólogos que têm feito algumas descobertas incomuns lá. Por exemplo, os cientistas encontraram corpos dentro das criptas que foram enterrados em estruturas de madeira que se parecem com barcos. Mas como barcos foram parar nesse lugar sem rios navegáveis?

Uma explicação é que as almas dos mortos tinham que atravessar um rio a fim de chegar ao céu, e daí o barco. Outra presença interessante é a de um poço em frente de cada cripta. Diz-se que, uma vez que os ossétios enterravam seus mortos, jogavam uma moeda no poço. Se ela batesse em uma pedra no fundo do poço, significava que a alma do morto tinha alcançado o céu.

Alguns edifícios ficam afastados, que são as criptas dos criminosos do local. Também é dito que quando pragas dizimavam famílias inteiras, pessoas que não tinham ninguém para enterrá-las vinham a cripta da família e esperavam pela sua morte. Sinistro, não?

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Fonte original: OddityCentral – Tradução: Por Natasha Romanzoti